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Sujeito e autonomia: ipseidade, ideologia e utopia - um diálogo entre Paul Ricoeur e Paulo Freire

Autores: Almeida, R. y Quermes, P.

Autor: Dr. Ricardo Almeida de Paula

Instituição: UNEPOS – União de Estudos de Pós-graduação, NIER – Núcleo Interdisciplinar de Estudos Ricoeurianos (CNPq); Faculdade Mauá de Brasília – DF; ASIER

Email: ralmeidadepaula@gmail.com, ricardo.paula@unepos.com.br

 

Autor: Dr. Paulo Afonso de Araújo Quermes

Instituição: Irmãos Maristas de Brasília – DF

Email: paulo.quermes@gmail.com

 

 

O desenvolvimento do pensamento sobre pessoa e sujeito em Paul Ricoeur passa pelo sentido da questão da “identidade”. Trata-se de discutir ipseidade e mesmidade. Na questão da mesmidade temos a imutabilidade no sentido de se ser presente e reconhecível dentro do contexto em que se expressa o sujeito. O segundo termo, ipseidade compreende a dimensão da transformação, da possibilidade da mutabilidade em si. Esses aspectos nos fazem apreender o conteúdo de nossa capacidade reflexiva sobre nossa instância moral, existencial e história. Somos mesmos e outros no contexto da existência, mas, ao mesmo tempo somos esses mesmos atores em uma sociedade sem identidade que nos força na direção de uma outridade que nega veemente a ipseidade. Tal constrangimento humano, pessoal e histórico pede de fato um retorno ao Si. Um ato interrogativo de nós mesmos, mas, também, um ato imperativo em nós mesmos de forma a nos mover do “discurso à ação” A ideia do político transcende a atitude de revolta pura e simples na comoção da exigência da mudança, somos convocados a pro-agir na consciência, fenomenologicamente falando, na inhabitação, no atributo intencional dessa consciência que se se converge como epifenômeno do ato operante no social. Paulo Freire denomina de alfabetização da consciência, de percepção crítica da linguagem paradigmaticamente imposta a cada um de nós, da libertação dessa opressão operativa pedagogicamente proposta pela ideologia de que ler não seja um ato de consciência, mas de necessidade de sobrevivência na urbanidade, quem não lê é escravo! Entretanto, há muito sabemos que escravidão societária é da ordem da incompreensão interior, pois, libertação, no sentido freireano da ideia, não é doação, mas, conquista. Se por um lado estamos diante da construção da liberdade do sujeito historicamente situado, não somente no sentido no âmbito da historiografia, sobretudo na memória histórica de si, por outro temos a constituição comunitária da liberdade desse sujeito proposto por Freire. Vivemos uma era de angústia indefinida, um tempo onde se pede mudanças, todavia, sem identificar o tipo de mudança desejado; um frenesi, uma corrida constante, sem parada sem reflexão, sem mirada, sem visada, sem milagre (de miraculum), sendo assim, u-tópica – sem definição do seu lugar, do seu porto, de sua busca, do seu sentido. Exatamente nesse movimento de busca dessa identificação de sentido é que se estabelece uma política da memória, localizando o lócus (topos) de busca na reconstrução da identidade de si, reconstituindo da imago quebrada no outro como si mesmo e no “si-mesmo-como-um-outro”. Somente poderemos discutir esse sujeito-pessoa em seu caráter histórico-societário se o identificarmos como si-mesmo e em si-mesmo. Aqui está o ponto da fenomenologia da memória de Ricoeur, isto é, mover-se do “que” para “quem”.

 

 

 

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