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DO IMEDIATO AO MEDIADO: UMA MEDIAÇÃO IMPERFEITA EM PAUL RICŒUR

Autora; Möbbs, Adriane (UCPel- UFSM)

Professora da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), Doutoranda em Filosofia  pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

Mail: adrianemobbs@gmail.com.

 

Em sua Réflexion faite, uma autobiografia intelectual, Paul Ricœur se reconhece desde sua juventude, contrário à imediatidade da adequação e à apodicticidade do Cogito cartesiano e do ‘eu penso’ kantiano. A consciência, tal como a concebe Paul Ricœur, não é origem ou fundamento, mas tarefa. Essa tarefa requer um empenho constante do sujeito, empenho de esclarecimento, de reunificação, para recuperar o esforço ou desejo de existir, que acaba por se expressar na multiplicidade das operações do sujeito e dos sinais, que nada mais são do que a própria categoria da mediação imperfeita. Não uma mediação totalizante, fechada, como propôs Hegel, mas uma mediação imperfeita, aberta, na concepção do filósofo francês. Logo, a mediação imperfeita, essa multiplicidade de operações do sujeito e dos sinais, será tratada como as capacidades do homme capable. E não seria essa a aposta teorética da fenomenologia? Oferecer-nos um logos a todo fenômeno, sempre tomando cada um na sua peculiaridade, sem privilegiar uma entre as muitas modalidades do cogito. Ricœur, retomando uma herança cartesiana e fenomenológica, fala de um cogito integral. A experiência integral do Cogito inclui o eu desejo, o eu posso, o eu vivo e, em geral, a existência como corpo. O homem capaz se diz de várias maneiras, através dos símbolos, dos mitos, dos textos, da ação e da tradução. E, é capaz de amar, agir, sofrer e, até mesmo, de praticar o mal.

 

 

Palavras-chave: mediação; imediato; cogito; homem capaz.

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