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A luta pelo método crítico: as relações entre hermenêutica e psicanálise em Ricoeur e Apel

Autor: Costa, Gilmário (Universidade Católica de Brasília e Universidade de Brasília)

E-mail: gilmario.filosofia@gmail.com

Tema: A psicanálise e a hermenêutica da suspeita

 

Propomo-nos nesta comunicação a analisar as linhas diretrizes da hermenêutica crítica elaborada por P. Ricoeur e K-O. Apel. Na proposta de ambos os filósofos a psicanálise ocupa lugar proeminente na luta por um caminho crítico passível de oferecer efetividade à emancipação humana. Além disso, não partilham da mesma resistência ao método que se observa na hermenêutica de H-G. Gadamer. No entanto, há diferenças importantes entre os dois pensadores, cujo confronto pode iluminar o avanço metodológico futuro da hermenêutica crítica. Ricoeur desenvolve a sua proposta especialmente no livro Da interpretação, dedicado a S. Freud. O sentido que pretende fundar nesse percurso reside no enfrentamento das ilusões responsáveis por inverter os lugares da “verdade” e da “mentira”. Mas o filósofo francês não estanca a reflexão nesse passo, pois estava comprometido com avançar em direção a interpretações liberadoras de significados mais genuínos. Propugna, nesse sentido, por deslindar os fios das distorções de significado sub-repticiamente ocultas no texto da cultura, ao mesmo tempo em que revela as tensões e contradições das obras literárias capazes de liberarem o campo semântico em favor de certas tendências utópicas. É também em diálogo atento com o pensamento freudiano que Apel julga entrever caminhos fecundos de investigação, conforme se lê nos dois volumes da obra A transformação da filosofia. A necessidade de progresso na compreensão interpretativa enfrenta os casos da comunicação dificultada ou impossibilitada. Para isso, faz-se necessário elaborar método passível de contribuir à superação das barreiras que representam algum entrave à comunicação. A psicanálise se apresentará como paradigma desse processo, mediante o estudo do sintoma e sua interpretação, para o qual concorre a articulação entre os níveis explicativo e compreensivo. O objetivo desse percurso é aproximar-se da “comunidade comunicativa ideal”, conceito que Apel toma de empréstimo a C. S. Peirce. Dela adviriam os princípios reguladores da interpretação e a luta por uma sociedade mais livre. 

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