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A amizade e o diverso de si na problemática do si mesmo como um outro

Autora: Moraes, Suelma (UFPB)

Vice-coordenadora de Ciências das Religiões (licenciatura e bacharelado) - UFPB, Programa de Pós-Graduação em Ciências das Religiões, Assessora da Comissão de Avaliação Nacional de Cursos – INEP, Currículo Lattes, Grupo de Pesquisa SACRATUM 

Mail: suelmamoraes@gmail.com

 

A questão da amizade é um conceito fundamental para as relações e condição necessária à vida, que se estende às relações interpessoais, sociais e às instituições. Entretanto, a condição humana, também se encontra circunscrita por vezes à própria solidão e carrega em seu bojo solicitude, vontade, ambiguidade, idiossincrasia, dilemas e conflitos que pesam sobre a própria vida existência. A estas questões estão ligadas questões éticas e morais de responsabilidades, ações, que contemplam a abertura ao outro e a si mesmo, nos limiares das fronteiras culturais, políticas, étnicas e religiosas. Para tanto, o presente artigo propõe examinar a problemática do si mesmo como um outro, a partir do primado da ética sobre a moral sob a articulação da perspectiva da vida boa e do viver bem. O desenvolvimento deste trabalho privilegia o Tratado da amizade (philia – ‘φιλίας’ Ética a Nicômaco VIII-IX) de Aristóteles, em que o próprio Ricoeur propõe para análise da ética, a estima de si ao considerar o aspecto teleológico. Esta análise irá desencadear uma estrutura dialógica com os textos de Kant (Fundamentos da metafísica dos costumes) para desenvolver a discussão sobre a norma moral deontológica com o objetivo de ampliar a problemática do si mesmo como um outro, dentro de um processo não de exclusão de um plano ético e outro moral, mas sim de continuidade para compreensão do si mesmo como um outro, que visa a afirmação do primado da ética sobre a moral. Para tanto analisaremos a aporia egóica e a ideia de mutualidade e reciprocidade no papel de mediação da amizade. A reflexão também colocará em evidência três proposições: a primeira, a afirmação do primado da ética sobre a moral, discurso que vai da perspectiva ética da vida boa ao senso da justiça, passando pela solicitude, que trará como foco central a estima de si; a segunda, visa a necessidade de submeter a perspectiva ética à prova da norma, o respeito de si; e a terceira, busca compreender de que modo os conflitos suscitados pelo formalismo solidário com o momento deontológico, conduzem da moral à ética, mas uma ética atravessada pela norma e investida de julgamento moral em situação. É, a partir deste vínculo entre obrigação e formalismo que a análise irá se concentrar para examinar como a solicitude designa uma relação originária, no plano ético, de si com o diverso de si.

Palavras-chave: ética, moral, amizade, solicitude, vontade

 

 

 

 

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